domingo, 16 de janeiro de 2011

Construção Paroxítona.

Carlos não era previsível.
Era judicioso, meia estação e egoísta.
Seus tons eram melódicos, seus amores todos Adônis.
Era drástico de causar enjôo.
Costumava, cada plano seu, ser infalível.
Com suas táticas misteriosas, construía-se uma fênix.
De tão gélido, se tornava ignóbil.
E de tamanha coragem, se tornava honorável.
Não era ganancioso, apenas fútil.
De confiança era imarcescível.
Mas quando lhe tocavam a fundo, era imóvel.
Se escondia de olhares melíferos e gestos dóceis.
Refugiava-se e escondia-se em sua cobertura de ignorância.

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