domingo, 21 de abril de 2013

De noites de balada para noites com videogame.

Cansei de vida de balada. Não quero mais ir a uma festa, ficar muito bêbada e beijar um desconhecido. Quero beber junto com alguém, enquanto ouvimos musicas que ambos gostamos. Quero comer lanche e assistir a Star Wars. Quero assistir a filmes, no frio embaixo do cobertor, da forma mais clichê possível, que eu sempre achei estranho e babaca e nunca via tanta graça. Quero ir ao cinema e olha que nem sou tão fã de cinema. Quero assistir Jurassic Park em 3D com alguém que também goste. Quero jogar videogame. O pior é que quero tudo isso com uma pessoa especifica e pior ainda é que é você. Você que tanto quero não querer. Quero dormir com sua camisa e trabalhar com seu moletom. Sentir seu cheiro fundido com o meu e poder ligar para contar uma novidade. Poder ligar para pedir para passar a noite comigo. Passando as noites dormindo e passando as noites acordados. Quero mais fundo, quero que cada um conheça a cidade do outro... quero que sua mãe goste de mim, me abrace de verdade e seu pai faça brincadeiras. Quero a confiança da sua irmã, quero comprar uma mini-camisetinha do Pink Floyd para o seu sobrinho. Quero fazer almoço pra dois. Quero tirar esse creme do cabelo, comer algo que engorde e tentar me distrair, seja assistindo a um filme, jogando ou lendo. Fazer coisas aleatórias que tentem me distrair desse querer todo, já que coisas que exigem concentração e dedicação eu não estou conseguindo neste final de semana mesmo... Quero fazer qualquer coisa que me faça esquecer que quero tudo isso. Queria não querer, queria ter querido sair no final de semana, estar animada para a sexta que vem, beijar um dos três que eu podia, ou os três, na última quinta. Mas tudo que quero são essas coisas caseiras e com uma só pessoa. Queria, na próxima festa, beber até cair, se precisar, até vomitar, e quem sabe desse vômito saia tudo, tudo dentro de mim, até as esperanças e as saudades. Beber a ponto de conseguir ficar com outro e não lembrar de você nesse beijo. Beber a ponto de te ver e não te reconhecer, assim, não sentir mais vontade. Mas é tudo em vão e eu volto a estar às sete e catorze da noite num domingo escrevendo sobre você com creme no rosto em vez de estudar e fazer coisas que preciso fazer.