domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 azul

"Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito prá contar, dizer que aprendi..." Acho que essa parte da música do Tim Maia expressa bem um sentimento/pensamento sobre 2012. Foi, definitivamente, um ano de aprendizados. Milhares de lições. Amadurecimento, conhecimento, tapas na cara, sonhos não alcançados, sonhos novos e aprendizagem de como lidar com cada atitude tomada. Mil e uma emoções diferentes, um turbilhão de sentimentos dentro de um corpo que mudou de lugar, de rotina, de cidade, de costumes... Pessoas que encontrei e me fizeram bem. Pessoas que fizeram com que eu aprendesse... sempre aprendendo. Um ano no qual depositei MUITA, muita esperança. Um ano que eu esperava há uns quatro anos. Um ano decisivo. Um ano que, no começo, eu não tinha ideia de como seria: onde eu iria, o que eu faria. E deu certo, de um jeito atrapalhado e ao avesso. Nunca eu conseguiria imaginar que seria como foi. Não foi nada do que eu estava aguardando... uma lista com meu nome gravado me levou com malas para um lugar que seria meu destino, pelo menos pelos próximos quatro, cinco anos. E lá, eu tentei negar ficar. "Sentia mesmo que era mesmo diferente. Sentia que aquilo ali não era o seu lugar". Mas alguma força foi maior, como um vento me puxando sempre para uma direção: e me fazendo ficar lá. Me acostumando com as esquinas, os motoristas de ônibus, as luzes, os bares, as músicas. Me fazendo sentir completa, de algum jeito. Me fazendo sentir como se pertencesse àquele lugar. E foi naquele lugar que meu 2012 se concentrou. Meu 2012 me fez aprender muito ainda na minha cidade antiga, me fez enxergar como certas amizades minhas são realmente fortes, não afetando com a distância e o tempo. E me fazendo enxergar como certas companhias são simplesmente dispensáveis, me fazendo afastar-me daquilo que me passava energias e sentimentos negativos. Relembrando agora da virada do ano, do relógio contando: 5, 4, 3, 2, 1, lembro como queria que este ano fosse especial e compensasse todo meu esforço do ano anterior! E é assustador como já passou, como foi rápido... mas é lindo lembrar das pessoas lindas que conheci e dos momentos lindos que vivi. Lembro de acordar no dia 1º, um pouco de ressaca, e ouvir pela primeira vez a música: We Found Love, da Rihanna, e agora ver como essa música fez parte da trilha sonora do resto do ano. Sensação boa ouvir Wild Ones e lembrar de amigos, paixões, encontros, festas, Universidade. Com certeza, valeu a pena. É, 2012, você me bagunçou, me rasgou, me sujou, me abraçou, me envolveu e me moldou... me fez pensar que tudo estava perdido e me veio com uma surpresa, me apresentando um lugar que mudou MUITO a minha vida. É, 2012, que ano incrível e gostoso. Quantas lembranças, histórias e sorrisos me proporcionou. Quantas pessoas boas no meu caminho... 2012 foi bom. Foi intenso, extravagante e curioso. Me ajudou a me auto-conhecer e me deu malícia. Me fez crescer... mil vezes mais intensamente do que o normal de um amadurecimento comum. Foi um ano de derrotas e vitórias... Mas volto a falar como me ajudou a crescer. Morando fora de casa, definitivamente, "you learn to live again". E eu aprendi a amar novamente, a re-amar, a viver, a sobreviver. Não é possível descrever aqui tudo que este ano foi... o quão confuso, intenso, misturado, importante. Todos os anos de nossas vidas são importantes... mas este, como foi um ano tão esperado por mim, merecia um texto de despedida. Um texto de gaveta, um texto de lembrança. Obrigada, 2012. Adeus e muito obrigada por me fazer mais mulher. E me deixar mais próxima de algo muito importante para mim: esse tal de "bióloga".
"(...) Sempre tem que procurar Pelo menos vir achar Razão para viver... Ver na vida algum motivo prá sonhar Ter um sonho todo azul, azul da cor do mar..."

domingo, 16 de dezembro de 2012

Gostar

Então me perguntaram o que eu sentia por ele. Respondi que acho que eu gosto dele. Não um gostar/amar, porque isso sim é profundo demais e exige maior contato e tempo e consideração etc. Mas um gostar/gostar. Um gostar que é menor que amar mas é maior que estar a fim. É menor do que eu tive pelo primeiro cara pelo qual eu me apaixonei, mas maior do que pelo último em quem pensei ouvindo uma música. Quase no mesmo nível do segundo cara que eu considerei estar apaixonada. Um gostar a ponto de se preocupar e ir, de tonta, mandar tirarem ele da porra da briga na festa. Um gostar de sentir quando beijo ele algo que não tem como sentir com nenhum outro... um gostar a ponto de odiar: me odiar por sentir isso, odiar ele por provocar isso... odiar não conseguir odiar o suficiente pra deixar de gostar. Então eu perguntei se já haviam beijado alguém e depois nenhum beijo mais ter graça. E percebi que estava na merda. Percebi que já estava envolvida demais e sentindo falta mais do que o tolerado.