quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Already Gone

E o coração rock'n'roll coloca sertanejo pra tocar. A minha cabeça está virada, como diz a nossa música. É tão estranho como isso tudo pode tão diferente do que eu sempre sonhei pra mim, sempre quis pra mim, mas, ao mesmo tempo, ser tão confortável e, de certo ponto de vista, exatamente o que eu sempre sonhei e sempre quis pra mim. Eu não sei mais sobre justiça. Não sei até que ponto devemos acreditar em "dar uma chance, aprender a gostar de alguém". Não sei quando estamos apenas insistindo em algo que não é pra dar certo, pois, se fosse para dar, já não teria sucesso? Não sei porque não é mais fácil valorizarmos quem nos valoriza, gostar de quem nos quer. E não sei também se é tarde para escrever um texto sobre um cara que foi apaixonado por mim. Talvez, o cara que mais gostou de mim até hoje. Quem sabe o único de forma verdadeira, mesmo no começo eu duvidando tanto. Mas hoje, com 20, não posso me culpar. Eu era apenas uma tola de 15 anos aprendendo mais sobre a vida e sobre biologia, música e amor. As pessoas que mais marcaram a minha vida, são refletidas em letras em um papel (eletrônico, graças a nossa sociedade dos anos 2000). Sim, todos aqueles que passam por mim e me marcam, eu uso o marca-texto. Gravo um pouco de nossa história (ou apenas minha) em um blog laranja que "feels like home to me". Eu me sinto péssima por ter demorado 5 anos para escrever sobre ele. Mas parece que simplesmente não deu certo e eu não me permitia para dar certo e eu era imatura demais ou hoje estou sensível demais, mas, independentemente do real porquê de tudo isso, que eu nem mais tento entender, só sinto, sinto ao extremo, porque estou viva e quero aproveitar as chances de sentir tudo que eu tenho direito, como uma criança em uma gigante loja de doces que quer provar tudo pois nunca mais terá oportunidade de provar aquelas coisas, desde os ruins, é, isso é a vida pra mim, uma gigante loja de doces - e outros gostos - que um dia vai fechar  e eu nunca mais vou ter a oportunidade. Independentemente do que está, realmente, acontecendo aqui dentro, eu só precisava escrever este texto, escrever sobre a confusão que é sentir falta de alguém que lutou por você, sobre essa angústia da ausência e um básico sentimento de "bem feito, eu mereço esse gelo". A estranheza dessa relutância que sempre existiu em mim estar se desmoronando, os típicos finais de semana dos quais eu já estava de saco cheio que eu quero que se repitam. É estranho, é confuso, eu não sei como eu poderia explicar o que eu estou sentindo para outra pessoa, então poupo os meus amigos. Não preciso de conselhos, tenho até dó de fazê-los perderem tempo tentando entender essa coisa louca de uma pessoa louca. Mas eu só queria testar. Eu só queria de novo aquela balada com música que eu não gosto mas que é no meu bar preferido, com meus melhores amigos e alguém com quem eu possa estar e possa ser eu mesma e possa sentir paixão. Só queria mais uma festa de rodeio, com música que eu não gosto mas é na cidade que eu amo, com meus amigos, comida típica e uma imagem de um futuro legal. Ou seria só nostalgia?
De qualquer jeito, eu nunca quis machucá-lo. E não posso me arrepender de não ter conseguido amá-lo naquele tempo. Eu não tinha estrutura, eu não tinha maturidade, eu não tinha vivido coisas que eu precisava viver para entender  mais sobre amor e relacionamentos em geral. Eu só sei que eu sempre tive um carinho, eu sempre tive uma admiração, eu sempre gostei muito dele. E este carinho permanece. Não acho que o sentimento mudou, nunca menti quando dizia que o considerava muito. A única diferença, acredito, é que hoje, finalmente, estou aberta. Aberta para dar, realmente, uma chance para algo acontecer, para cuidar de uma relação, para, quem sabe, ter um relacionamento. Mas ainda acho que ele não merece uma pessoa tão confusa... e sempre o quero bem. Quero vê-lo na noite de amanhã, porém, quero também que ele esteja feliz e, se for o caso, que ele esteja estável em quesitos amorosos e em todo o resto das faces da sua vida. É a primeira vez que eu escrevo e com isso acredito que eternizo minhas palavras e meus sentimentos: ele é especial. Eu gosto dele. Acho o "eu te amo" forte demais, mas, definitivamente, é algo mais complexo, mais intenso e mais quente que paixão.

domingo, 13 de abril de 2014

4 years later

Eu não sei o que eu significo pra você, mas você, para mim, é o cara que um dia disse "sinto que a nossa hora ainda vai chegar" e, por algum (ou nenhum) motivo, eu acreditei. Deixei a informação lá no fundo. E seguimos nossos caminhos, nos distanciamos, nos envolvemos por outras pessoas, nos apaixonamos e, sinceramente, nunca pensei que voltaria a sentir alguma coisa por você, mas a informação continuou lá. E o pior é que não é amorzinho, não é como a Dani diz que eu estou apaixonada, não é só tesão, é uma coisa muito diferente, é uma garantia dentro de mim que existe de uma maneira muito tosca de que a gente ainda vai dar certo, de que você é o cara "que como eu amava os beatles e os rolling stones". É um sentimento meio mágico, não preciso definir ele, ele só me faz bem. Fez bem ter te conhecido em 2010, está fazendo bem agora. E parece que estou conhecendo de novo. Não consigo controlar isso e nunca consegui jogar os jogos que eles jogam. Eu sou louca, pode dizer que não acha, mas eu duvido, todos acham. E eu sou o tipo de louca que fala mesmo que escreveu uma música pra você com 16 anos. Até aí, o que que tem, né? Passou tanto tempo desde os meus 16 anos. Mas o fato de eu passar ela pra guitarra aos 20 talvez signifique alguma coisa. Que não precisa ser compreendida, que não precisa nem ser correspondida. Talvez a nossa hora nunca chegue mesmo, mas o mais legal disso tudo é que você sempre aparece em umas horas muito importantes pra mim, e isso tudo acaba significando muito, significando algo que eu sei que vou levar sempre com um sorriso. Não precisa ter história aí do outro lado, acho bonita a minha história aqui. Ela é independente da sua, e o que mais importa: tudo isso me traz um sentimento bom, Você tem um poder de fazer sentir coisas boas - e só boas. Não me machuco, mesmo quando me machuco. É difícil de explicar. E este texto, vai ser o mais difícil de um dia, quem sabe, te mostrar. Um dos mais difíceis de passar pra cá, lembrando de quantas vezes já peguei a caneta, já escrevi rascunhos, já escrevi cartas na máquina de escrever do meu avô ( porque você também gosta) e pensava em te mandá-las, passei uma música em sua homenagem pra guitarra, fui pra sua cidade pra acabar te vendo com outra, reexperimentei o beijo depois de 4 anos, cresci, sonhei com você etc etc e, mesmo assim, com todos etc, foi bonito. Foi bom. Foi inocente, foi significante. Mesmo depois de 4 anos, mesmo querendo jogar fora o meu celular para parar de te contar como me sinto. É bonito porque estamos vivos, e é bom sentir. apenas.