domingo, 19 de dezembro de 2010

Mensagens de madrugada.

Coração acelerado, estômago revirado e todos esses clichês que infelizmente banalizaram. Deitada na cama, com o olhar penetrantemente fixo na tela do celular, esperando ansiosamente pela próxima mensagem. Sente seu coração colidindo com o colchão, esquece os livros, filmes, dinheiro, sono. Abriga os sentimentos belos e empolgantes em linhas de caderno para depois serem, que sabe, lidos por quem incentivou a lunática a contorcer a caneta e contorcer o coração. É madrugada, e ontem neste horário ela sentia vontade de jogar o copo de Vodca em todos aqueles homens e gritar: "é outro que eu quero, é de outro que eu preciso." E neste horário hoje, ela troca mensagens no celular com ele. Se pertuba por ter usado uma palavra errada, se preocupa em poder tê-lo machucado. Só o que precisa é dormir, esperar a semana acabar e acabar com esse início de um previsível inacabável capítulo. Mas perdeu o sono, fica pensando e revirando ideias. Mas sabe que semana que vem é definitivo, que semana passada ele não estava presente e que amanhã é o que decidiu hoje. Sabe do que já aceitou, esquecer, abandonar... Se esforçar para não procurar, não se importar.

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