segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dói.

Quer saber como me sinto? Bom, posso dizer que dói. Quer saber o quê dói? Bom, acho indiscritível. Não que a dor seja infinita, mas digo espalhada. Intensamente espalhada. Se tornou dor física. Pode achar estranho, eu também acho. Não sinto fome, perco ânimo, perco força. Não consigo sair da cama, é como se eu fosse um íma e o colchão outro. Choro, e soluço. Antes, chorava com a boca fechada, agora é tanto que choro igual em filmes, sabe? Com a boca aberta e de careta. Surge pontadas, ânsia, uma dor no estômago tão forte que pode ser confundida com gastrite. Ou causar uma. Perco o ar. De verdade. Tenho que respirar fundo e entro em desespero por não conseguir manter a minha respiração no ritmo normal. Água não ajuda e dormir só piora, pois sonho com você. E aí, quando acordo, meu bem, é ligar o rádio e abraçar a depressão. Minha cabeça dói, não consigo prestar atenção em coisas importantes, as minhas coisas. Dá tontura, vejo duas de uma só pessoa por um momento. - tá, dessa vez foi hipérbole. Mas é verdade que me dá tontura, e realmente não vejo uma pessoa de uma forma normal, é tudo mais... confuso, agitado. Minha pressão cai, eu tremo, meus olhos ardem. Acabo quase sempre na mesma: escrevendo sobre. Mais? É, deve ter mais... Mas você não se importa, né?

Nenhum comentário:

Postar um comentário