terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ao dono do palco.

Me desculpe, meu mágico, mas vou me deitar. Depois repenso sobre meus textos e sobre a possibilidade de lhe entregá-los. Que difícil é! Só uma coisa, então: Ah, meu mágico, como não antes adivinhou? E olhe que para isso não se exige nada de suas qualidades profissionais; a verdade estava estampada, todos e qualquer um conseguia captar. Eu tentava disfarçar, e ainda assim me diziam que eu falhava, era inútil. Como justo você não sabia? Me diz, meu mágico, te assustei e por isso a mentira? Ah, meu mágico, há de eu ter que confessar tudo? Jura não saber? Transforme então isso tudo em um conto, por favor. Aí, te conto tudo. Depois, voltamos para a realidade, as regras e a distância. Eu volto para a música e você para as cartas. E, por fim, eu me afasto, mas você continua cercado de carinho, aplausos e méritos por seu espetáculo. Palmas, meu senhor! Fizeste uma mágica: eu realmente me apaixonei por você. Voltarei para a minha cama agora, pode você voltar para suas amantes.

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