domingo, 24 de outubro de 2010

Eu sou, eu acho.

A vida é muito e é pouco. É extrema e peculiarmente bonita e contestável. É extrordinária mas tão limitada! Temos uma capacidade insuficiente para explorá-la consideravelmente. E é tão belo o jardim! O jasmim! A crença no querubim! O fato de haver tantas diferentes perspectivas. É tão belo como o simples é tão complexo! Falo da caída da chuva, do choque da gota na grama, das relações harmônicas ecológicas. Dos mistérios da natureza, do universo. Da psicologia, dos sentimentos, especialmente quando sentidos intensamente à flor da pele. Uma música, uma nota, um tom. Eu acho magnífico. E eu gosto de espalhar essa ideia. Eu acho muitas coisas, sou composta por átomos e por conceitos. E do modo que cada átomo meu é constituído de algo, o mesmo acontece com os meus conceitos. Sou o trovão e a brisa na sua companhia. Sou o berro do urso na sua ausência. Sou o barulho da onda arrastando a areia e dando ênfase a cada grão, quando deslizo as mãos em cada botão da sua roupa. Sou a grama pisada quando ignorada por alguém e a formiga esmagada por um gigante pé humano egoísta quando por você. Sou diferentes instrumentos em diferentes situações. Sou paino, flauta, trambone, bateria. Eu acho interessante quem vira a noite lendo e impressionante quem vê arte em arte. Eu penso mais a cada dia, entendo mais a cada dia, mudo mais a cada dia. E é tão clichê dizer isso, mas eu acho que clichê é a última coisa que sou. Eu sou estações porque sou mudanças. Eu sou o laço na cabeça porque eu sou fã dos anos da brilhantina.

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