domingo, 21 de novembro de 2010

Ela, de novo.

Vou falar um pouco dela, de novo. Ela era tanta coisa, que não seria justo escolher apenas algumas das suas características para defini-la; e era tanta coisa, que não teria como falar de tudo, cansaria rápido.
Pensava que conhecia-se. Seus gostos, ideias, limites... Até se encantar pelo improvável. Coisa difícil, sem sentindo ou fundamento. Já viu uma parede sentir? Um chinelo decidir? Uma coberta enxergar? Não soa infantil só em pensar nessas possibilidades? Mas era tipo isso. Como aconteceu? Centrada ela nunca foi, mas media sua loucura.
Um dia leu em uma revista científica que a ciência explica por que mulheres fazem escolhas idiotas quando se trata de homens. Isso a tranquilizou; era mesmo inteligente. Inteligente demais para tamanha burrice. Mas um tanto quanto inexperiente, inconstante, inconsequente, desleixada, despreocupada; agarrava o lhe vinha sem pensar nas consequências nem se importar com o gosto: doce ou amargo, queria arrancar a raíz dos sentimentos.

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