domingo, 5 de junho de 2011

Uma tendência a atraiar o incomum.

Desafio pessoas que pensem que tenham vivido histórias mais improváveis que eu. Comigo foi sempre assim, desde que eu me reconheço no espelho, cantando e com direito a nome artístico. Desde a quarta série, errando coisas bobas em matemática. Quando apaixonada, agindo de modo estranho: ao mesmo tempo que involuntariamente abro um sorriso, fico inteiramente gélida, por vezes tremo, depois aquece tudo de novo. Ele vem e vem junto o medo, vem um monte de pergunta, vem vontade de abandonar, desistir... tudo junto, constante; dá um certo choque, um embrulho comum no estômago, como sempre, em todas, mas em mim, garanto que de forma exclusiva. O que eu quero não dá certo, quem me quer eu não dou crédito. Ou é longe demais ou a diferença é demais, ou até mesmo há igualdade demais. Já, bricando, pediram para eu escrever um livro com as coisas que acontece comigo. É comum rotularem minha vida de "novela mexicana". Concordo então com os textos do Caio Fernando Abreu, por isso sempre recito aquela frase de um conto dele, que não falha pra mim nunca: "Dane-se, comigo foi sempre tudo ao contrário."

Nenhum comentário:

Postar um comentário