sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Parafusos soltos na cabeça.

Esse impulso na garganta que parece tentar empurrar meu coração pra fora da boca, acontecendo, repentinamente, quando penso e me conformo, quando penso e fico inconformada, quando penso e penso que talvez seria melhor se eu não pensasse, incomoda. Estou começando a perder a fé nas pessoas, nas suas boas intenções, nos sonhos e isso está me dando medo. Estou começando a perceber que o tempo é curto demais e comecei a enxergar mais profundamente o efeito da frase "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". Pode parecer clichê pois foi banalizado injustamente. E como foi injusto. Merece uma queimada na língua, de 2 segundos pra não ser má, quem a repete sem entender seu significado. É realmente preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, é realmente preciso viver cada dia sabendo que ele é único, e não "como se fosse", porque ele é, entende? Cada vez que mais estudo, mais corro atrás, mais tento entender, pessoas e relações, países e profissionais, amigos e romances, mais me perco diante de tanta sujeira, tanta hipocrisia, tanta omissão, tanto desamor... A história é linda e é muito triste. A ciência é maravilhosa e os ecossistemas, por exemplo, me fascinam, assim como a psicologia, mas dai já fico confusa em tentar entender como o homem pode ser tão complicado e não entender o quanto um ecossistema é fascinante - ou simplesmente importante. É complicado ter alma de artista e no sangue a curiosidade e na hipófase um hormônio exclusivo liberador do amor por muito. Ou pode ser só o efeito do sono e do estresse, minha vida anda corrida e ansiosa e densa demais, mesmo.

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