terça-feira, 5 de julho de 2011

Destino.

Às vezes é preciso considerar os sinais. Digo às vezes porque geralmente é coisa da nossa cabeça, mesmo. Se levarmos cada coisa que acontece a nossa volta como pequenos conselhos mágicos que devemos decifrar, podemos enlouquecer. Mas quando há insistência nas circunstâncias, pode ser que há alguma força sem determinação de boa ou má, querendo nos avisar ou livrar de algo. Talvez as coincidências sejam sussurros de anjos em nosso ouvido. Talvez exista algo que não exista, apenas há. Algo que queira entrar em contato conosco, nos alertar de algum erro ou aconselhar a acertarmos na dose ou na escolha. Talvez a vida tenha mesmo vida, e seja ela que está do nosso lado, independentemente de nosso endereço. Talvez sejamos independentes dessa carma. Talvez, talvez, talvez. Teorias apenas de alguém com muita pouca experiência, mas com olhos muito bem abertos para tudo. Alguém com ingenuidade, mas que suga toda forma de aprendizado de toda situação que vive ou conhece. E que percebe que há algo mais em toda forma de amor, de olhar, de acontecimento. Todo final se completa, apenas as pessoas podem não enxergar isso. Mas se vasculharmos, encontramos vestígios de um quebra-cabeça. Quem sabe? Ninguém sabe. Mas que há algo maior, há. Talvez o universo conspire, mesmo. Talvez as fadas existem. Talvez aquele parente que tanto te amava e foi embora, se transformou em algum tipo de luz que te faz bem. Talvez o mundo é cruamente realista e a alma de poeta das pessoas que transforma o olhar delas em bobo. Talvez destino é visto por apenas quem enxerga o mundo com o coração, mesmo este sendo um órgão limitado a algumas funções biológicas e totalmente desprovido de funções emocionais. Talvez é piragem de quem tem alma suave, de artista. Talvez é porque conseguimos ver e sentir além. Ver além do óbvio, por mais apaixonados pela ciência e pelos fatos. Sentir além das músicas, dos rasgos de guitarra, dos sons do saxofone, da tons subníveis de uma voz, de uma melodia, de um grito. Desses do Raul, da Janis Joplin; daqueles até mais meigos, tipo Lennon.

Nenhum comentário:

Postar um comentário