quarta-feira, 2 de março de 2011

Essência.

Cada palavra difícil sua me orgulha, seu vocabulário e sua forma de se expressar. Sinto saudade de algo que conheci por apenas algumas horas, sinto falta de seus impulsos, seu volante. Talvez eu tenha que apagar tudo mesmo, cada fio que me liga à você, mas é tão difícil pensar em aceitar essa distância, por mais consistente que ela já esteja. Continuo sempre voltando a te admirar, e muito. Admirar essa sua essência que me atrapalha toda. Admirar sim seus cabelos e seus olhos cintilantes e sua barba e seus braços tão rijos. Mas isso tudo eu consigo controlar. Consigo desfazer imagens, inventar imperfeições, ou simplesmente pensar que nenhuma dessas qualidades compensa certas atitudes. Mas quando começo a me desmanchar ao admirar sua essência, não tem como demarcar limites. É algo que ocorre irremediavelmente. E me atrapalha toda. Todo seu saber, suas músicas, sua medicina, seus assuntos com o melhor amigo. Maldita essência, tão bela e admirável, profunda, que me faz voltar sempre a ouvir a música que tocou naquele dia 12 no momento do ósculo contrário da temperatura externa provocada pelo seu ar; que me faz sempre querer te dizer o quanto te admiro, te dedicar a música, te dizer novamente e tão sempre que "tenho tanta sorte em saber que alguém como você existe..."

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